No dia que surge a notícia mais ridícula possível sobre declarações relativas a despesas dos casamentos, é apresentado também pelo governo um investimento de 260 milhões de € em estradas para a região do oeste.
E pensamos nós: estes gajos são malucos, onde já se viu questionar às pessoas onde e quanto gastam na festa do seu matrimónio assim como quem é que lhes ofereceu por ex. o vestido da noiva. Uma inconstitucionalidade com certeza, dirão os mais afoitos.
Realmente é um disparate sem precedentes. Que se controle essa classe dos contornadores fiscais, está mais ou menos toda a gente de acordo, agora pedir responsabilidades a quem não é devido, num momento como este, é de loucos.
De referir ainda que 15 dias apôs o casamento (menos tempo que algumas luas de mel) tem de estar feito o formulário burocrático envolvendo os mais diversos itens das despesas matrimoniais.
Ainda mais engraçado foi o secretário de estado, um dia após o anúncio desta maravilhosa medida dizer: "não vamos punir ninguém por não dar informações, vamos sim multar quem der informações, que se venha a provar não serem as correctas".
A comunicação social, digo TVI no noticiário claro está, dá destaque de abertura aos casamentos auditados e depois sim, noticia o pequeno investimento estatal de 260 milhões. É de referir que entre uma notícia e outra se deixa agua na boca ao telespectador com o “flash-new” do anúncio dos novos equipamentos da selecção nacional, com apresentação a cargo do grande orador Bruno Alves (jogador do FCP para os desentendidos na matéria).
Olhando para a situação actual da Justiça, Saúde e Educação parece-me um bom critério de prioridades a construção destas estradas numa zona que já tem auto-estradas como a A1, A8 entre outras.
Mas também podemos pensar nos coitados dos investidores que com a localização do aeroporto na Ota iriam fazer um bom pé-de-meia. Vêem assim com estas infra-estruturas rodoviárias o seu investimento minimamente compensado. Coitados, merecem.
6 comentários:
Alguém tem que pagar, pelo menos duas vezes a mesma coisa, duas como quem diz...até podem ser três ou quatro ou cinco, tanto faz, o que interessa é que paguem sempre os mesmos...nós, certo?
Alberto!
Nice post.
LOL!!!
Não percebes nada disto, eu cá diria que é uma tentativa do estado de nos tornar mais comedidos...educar o casal logo de inicio a ser menos consumista, nada como se habituarem logo desde o primeiro dia a treinarem a gestão do orcamento do quotidiano. Em ultima análise, deixam de haver tantos casamentos, assim evitam-se também os penosos divórcios. É tudo para o NOSSO bem! Acreditem!
Ridículo, para não dizer mais...
O estado, em vez de arranjar maneiras de fiscalizar a industria à volta dos casamentos, obriga os noivos a fazerem o trabalho deles.
Por este andar, qualquer dia pertencemos todos à ASAE lol
Olha o Big Brother...
está visto que não consegui transmitir bem a mensagem que pretendia.
O que está em causa n é a questão dos casamentos mas sim o embuste que esta noticia representa para encobrir o investimento em estradas de 260 milhões de euros, numa zona bem servida de redes de transportes rodoviarios. Ficam para tras outras prioridades como a justiça e a educação.
Vou tentar der mais claro daqui para a frente!!
Mas afinal o que e' que se passa com os acentos neste blogue...hein?
C� v�o dois pontos de resposta:
1- respondi com 2 posts porque achei que o 1o nao tinha sido enviado, por isso se quiseres, podes apagr um deles..:o)
2- Percebeu-se a mensagem, sugiro no entanto que diminuas o tamanho da letra pois facilita a leitura do todo!
3 -nada mais a acrescentar, s� que...continua!!!
Bjis
b
O governo vai aplicando o nosso dinheiro como bem entende, apresentando uma agenda preenchida de medidas ou programas, de forma a serem posteriormente noticiadas em massa, com o objectivo de bombardear a comunicação social de informação paralela e desviar a atenção...
E os camaradas vão falando de gramática e pontuação? Proponho falar do acordo entre a Ministra da Educação com o Sindicato dos professores ou dos acordos ortográficos no Prontuário de Língua Portuguesa..
Ps: Os casamentos… estão fora de moda!! Só acho que as igrejas deviam começar a pagar impostos também, sobre os casamentos, baptizados, esmolas ou bulas…
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